No Brasil, o trabalho infantil é definido como qualquer trabalho exercido por criança e adolescente com menos de 16 anos de idade. A legislação permite a condição de aprendiz, a partir dos 14 anos. O trabalho infantil é um fenômeno social complexo, com determinantes econômicos, sociais e culturais.
Entre
2000 e 2010, segundo o IBGE, houve redução no número de crianças e
adolescentes, com 10 a 17 anos de idade, ocupadas. Apesar da queda ainda
temos um percentual importante de crianças trabalhando.
O
relatório “Todas as Crianças na Escola em 2015”, divulgado em 31 de
agosto pelo Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), alerta
para a persistência do trabalho infantil entre as crianças em idade
escolar, o que prejudica o direito dessa população à educação. De acordo
com o levantamento, 638 mil crianças entre 5 e 14 anos estão nessa
situação, apesar da legislação brasileira proibir o trabalho para
menores de 16 anos.
Existem crenças na
cultura brasileira que impedem o combate ao trabalho infantil. Muitas
pessoas apoiam o trabalho das crianças e jovens por acreditarem que este
seria a solução para a retirada das crianças das ruas e do envolvimento
com drogas. Outros acreditam que esse trabalho facilita a inserção no
mercado e é essencial para complementação da renda das famílias. Estudos
têm demonstrado que essas afirmativas não são verdadeiras. O trabalho
de crianças e adolescentes traz prejuízo ao seu rendimento escolar, pois
essas crianças, com freqüência, estão cansadas, atarefadas e tristes, o
que impede que utilizem o seu potencial para um desenvolvimento
saudável. Trabalhar, com os pais e a escola, os dados que mostram o
prejuízo do trabalho infantil, é fundamental para erradicação da triste
realidade existente hoje no País. No entanto, derrubar mitos que estão
culturalmente enraizados não é tarefa fácil.
Quanto
menor a criança maior a necessidade de brincar. Brincar para os
pequenos é fundamental para o seu desenvolvimento. A criança aprende
brincando. Os adultos não têm o direito de privar uma criança das
condições primordiais para o seu desenvolvimento.
A
política de combate ao trabalho infantil precisa ser focada no
desenvolvimento de um sistema educacional eficiente, mesmo nas regiões
mais remotas e menos favorecidas economicamente, e na criação de uma
política que inclua a geração de emprego e renda para os responsáveis
pelas crianças.
Apesar da legislação nacional deixar essa proibição bem clara, muitas de nossas crianças estão em trabalhos desumanos ao invés de estarem frequentando uma escola com educação de qualidade.
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