DEFINIÇÃO.
Tipos de aborto:
NATURAL: Por doenças; Por morte do feto; Qualquer acidente;
INDUZIDO: Por razões egoístas; Por situações financeiras; Por eugenia; Por estupro;
As consequências do aborto:
· Traumas; Sentimentos de culpa; Depressão; Inflamações uterinas; é a quinta causa de morte feminina.
Quando começou a atual tendência global para a legalização do aborto.
A base para a legalização do aborto surgiu após a Segunda Guerra Mundial. De
fato, o verdadeiro motivo para a mudança da legislação em muitos países
ocidentais teve a ver com uma atitude diferente da parte do Estado na
contagem do número dos seus cidadãos. Se da Revolução Francesa em diante
a força das leis era dada pela quantidade de cidadãos que combatiam,
trabalhavam e pagavam impostos, após 1945 o número deixa de importar.
Quando a bomba atômica cai sobre Hiroxima morre uma certa forma de fazer
a guerra. O aspecto quantitativo, de resto, não é mais decisivo sequer
em termos industriais: a nova tecnologia substitui o homem pela máquina.
Dito de forma brutal, o aborto pode ser legalizado porque o Estado não
tem mais necessidade de vidas humanas para alicerçar a sua po
A base para a legalização do aborto surgiu após a Segunda Guerra Mundial. De
fato, o verdadeiro motivo para a mudança da legislação em muitos países
ocidentais teve a ver com uma atitude diferente da parte do Estado na
contagem do número dos seus cidadãos. Se da Revolução Francesa em diante
a força das leis era dada pela quantidade de cidadãos que combatiam,
trabalhavam e pagavam impostos, após 1945 o número deixa de importar.
Quando a bomba atômica cai sobre Hiroxima morre uma certa forma de fazer
a guerra. O aspecto quantitativo, de resto, não é mais decisivo sequer
em termos industriais: a nova tecnologia substitui o homem pela máquina.
Dito de forma brutal, o aborto pode ser legalizado porque o Estado não
tem mais necessidade de vidas humanas para alicerçar a sua potência.
As religiões e o problema do aborto:
A
posição cristã difere na substância. Para o judaísmo a fecundidade é
uma bênção do Senhor, e a proibição do aborto é ordenada por Deus ao
homem no contexto do dever de transmitir a vida para preservar o povo de
Deus. Por sua vez, no islão (a
respeito do qual é difícil ter um discurso geral na falta de uma
autoridade que tenha a custódia da ortodoxia), o aborto é uma
intervenção que põe fim a uma vida.
Mas a vida no feto não se apresenta imediatamente, mas sim depois de
alguns meses no seguimento da animação (união entre a alma e o corpo). O
que faz com que pela lei islâmica o aborto seja permitido antes do
quarto mês na presença de razões válidas. Por sua vez, para o
cristianismo, o aborto é homicídio desde o instante da concepção.
A este propósito, no entanto, esquece-se que a Igreja teve no decurso
da história uma evolução graças às descobertas científicas. Se, de fato,
desde sempre o aborto foi classificado como homicídio, aquilo que mudou
com o tempo foi o momento a partir do qual se reconhece a existência de
uma pessoa humana. No contexto greco-romano o aborto era praticado e
aceito. A convicção era de que o feto era simplesmente uma parte das
vísceras da mulher. O único limite ao aborto estava ligado ao interesse
masculino, se o ato contrariasse a expectativa do homem (pai ou marido),
a mulher não podia abortar.
O que a Bíblia diz sobre o aborto
A
Bíblia nunca trata especificamente sobre a questão do aborto. No
entanto, há inúmeros ensinamentos nas Escrituras que deixam muitíssimo
clara qual é a visão de Deus sobre o aborto. Jeremias 1:5 nos diz que
Deus nos conhece antes de nos formar no útero. Êxodo 21:22-25 dá a mesma
pena a alguém que comete um homicídio e para quem causa a morte de um
bebê no útero. Isto indica claramente que Deus considera um bebê no
útero como um ser humano tanto quanto um adulto. Para o cristão, o
aborto não é uma questão sobre a qual a mulher tem o direito de
escolher. É uma questão de vida ou morte de um ser humano feito à imagem
de Deus (Gênesis 1:26-27; 9:6).
Tradição da Igreja Católica sobre o aborto.
Discussões,
exames científicos sobre a partir de quando se dá a formação do feto e
diversas conclusões. A idéia aceita foi a de Aquino que desde o inicio
defendia que um embrião só tem alma após várias semanas de gravidez.
Aquino sabia que um embrião humano não tem uma forma humana "desde o
momento da concepção" Aquino aceitava a posição de Aristóteles de que a
alma é a "forma substancial" do homem. A posição de Aquino sobre o
assunto foi oficialmente aceite pela igreja no Concílio de Viena, em
1312, e até hoje nunca foi oficialmente rejeitada.
Depois
disso, estudos tentaram comprovar que este pensamento esta errado,
alguns cientistas entendiam que se o embrião tem uma forma humana desde o
momento da concepção, então segue-se que de acordo com a filosofia de
Aristóteles e de Aquino, que pode ter uma alma humana desde o momento da
concepção. A igreja tirou esta conclusão e adotou a posição
conservadora sobre o aborto. Esta teoria foi retificada, mas a igreja
não a largou e juntou-se rapidamente à posição conservadora sobre o
aborto. Apesar do Concílio de Viena, ter aprovado esta posição até hoje.
A
tradição da igreja, como a Sagrada Escritura, é reinterpretada por cada
geração de modo a suportar as posições morais que favorece. O aborto é
apenas um exemplo disto. Neste, como em muitos outros casos, as
convicções morais das pessoas não são tanto derivadas da sua religião,
como sobrepostas nela.
Aborto e caso de estupro.
O
primeiro argumento que sempre surge contra a opinião cristã sobre o
aborto é: “E no caso de estupro e ou incesto?”. Por mais horrível que
fosse ficar grávida como resultado de um estupro e ou incesto, isto
torna o assassinato de um bebê a resposta? Dois erros não fazem um
acerto.
A criança resultante de estupro ou incesto pode ser dada para adoção
por uma família amável incapaz de ter filhos por conta própria – ou a
criança pode ser criada pela mãe. Mais uma vez, o bebê não deve ser
punido pelos atos malignos do seu pai.
A repugnância contra o crime nunca pode converter-se em repugnância contra um inocente concebido neste crime. A vida é sempre um dom de Deus, ainda que gerada em circunstâncias pecaminosas.
Aborto quando a vida mãe está em risco.
O segundo argumento que surge contra a
opinião cristã sobre o aborto é: “E quando a vida da mãe está em
risco?”. Honestamente, esta é a pergunta mais difícil de ser respondida
quanto ao aborto. Primeiro, vamos lembrar que esta situação é a razão
por trás de menos de um décimo dos abortos realizados hoje em dia. Muito
mais mulheres realizam um aborto porque elas não querem “arruinar o seu
corpo” do que aquelas que realizam um aborto para salvar as suas
próprias vidas. Segundo, devemos lembrar que Deus é um Deus de milagres.
Ele pode preservar as vidas de uma mãe e da sua criança, apesar de
todos os indícios médicos contra isso. Porém, no fim das contas, esta
questão só pode ser resolvida entre o marido, a mulher e Deus.
O que vale mais: a vida da mãe ou da criança?
O valor é absolutamente igual,
enquanto ambos são seres humanos criados à imagem e semelhança de Deus,
possuidores de uma alma imortal e de um destino sobrenatural. Não se
pode dizer que a vida de um sadio vale mais do que a de um doente, que a
de um adulto vale mais que a de uma criança, que a de um inteligente
vale mais do que a de um débil mental. A vida é sagrada em si mesma e seu valor não se mede pela utilidade, pela inteligência, pela idade ou por qualquer outro critério.
O que Fazer?
Uma
mulher morreu em um hospital da Irlanda após ter seu pedido de aborto
recusado pelos médicos. A gravidez de Savita Halappanavar, de 31 anos,
tinha passado dos quatro meses e ela pediu várias vezes aos funcionários
do Hospital da Universidade de Galway para que o aborto fosse
realizado, pois sentia dores fortes nas costas e já apresentava sintomas
de um aborto espontâneo, quando a mãe perde a criança de forma natural.
Mas,
de acordo com declarações do marido de Savita, Praveen Halappanavar, os
funcionários do hospital disseram que não poderiam fazer o procedimento
justificando 'enquanto houvesse batimento cardíaco do feto' o aborto
não era possível.
O
aborto é ilegal na Irlanda, a não ser em casos de risco real para a
vida da mãe. O procedimento é tradicionalmente um assunto muito delicado
no país cuja maioria da população é católica. O que o inquérito aberto
pelo governo irlandês deve averiguar é a razão pela qual a equipe do
hospital julgou que a vida de Savita não estava em risco.
'Savita
estava agonizando. Ela estava muito abalada, mas aceitou que estava
perdendo o bebê', disse Praveen ao jornal 'The Irish Times'. 'Quando o
médico veio na segunda-feira pela manhã, Savita perguntou se, caso eles
não pudessem salvar o bebê, poderiam encerrar a gravidez.'
'O
médico disse: 'Enquanto ouver batimento cardíaco, não podemos fazer
nada'', afirmou. Savita morreu no dia 28 de outubro e uma autópsia
realizada dois dias depois concluiu que a causa da morte foi septicemia
(infecção generalizada).
Praveen
Halappanavar levou o corpo de volta ao país natal do casal, a Índia,
para o funeral. O Hospital da Universidade de Galway informou que vai
realizar uma investigação interna e afirmou que não pode comentar casos
individuais, mas vai cooperar com o inquérito sobre a morte de Savita.
O Serviço de Saúde da Irlanda também lançou uma investigação a respeito da morte da paciente